A partir da pesquisa bibliográfica abordando os temas: ergonomia e usabilidade, envelhecimento saudável, experiência do usuário (UX) e tecnologias assistivas, assim como a autonomia do idoso, foi possível compreender melhor as limitações da pessoa idosa e suas necessidades dentro do processo de envelhecimento.

Após o levantamento das ferramentas ergonômicas: constelação de atributos e mapeamento visual - este associado a teoria das facetas para uma melhor tabulação de resultados, estas foram aplicadas na forma de entrevista semiestruturada com 17 idosos catarinenses com 65 anos ou mais. Estes responderam perguntas abertas sobre seu ambiente e escolheram imagens que mais os agradavam de ambientes da residência, argumentando suas escolhas para análise dentro dos temas: abertura visual x naturalidade e contraste x complexidade - conforme estabelecido na teoria das facetas. Responderam também sobre as maiores dificuldades que vieram a possuir com a idade e em seus ambientes, se precisavam e o que pensavam das tecnologias assistivas. Devido a quantidade de material coletado nas duas primeiras etapas da entrevista, trazendo novos pontos de vista sobre o ambiente dos idosos e sua influência no envelhecimento, a parte de tecnologias assistivas foi deixada para trabalho futuro.

Assim, foi possível mapear as necessidades e preferências dos idosos quanto aos ambientes mais utilizados (cozinha, quarto, banheiro e sala), assim como identificar o que idealizam nesses ambientes. Atributos reais e idealizados dos espaços foram classificados e comparados entre si, para análise por meio do mapeamento visual, que evidenciou, de maneira geral, como os idosos interagem com os espaços que vivem. A intenção é ressaltar a importância da opinião dos usuários finais, no caso os idosos, como contribuição para o processo de desenvolvimento projetual, assim como trazer parâmetros necessários para um ambiente adequado e mais seguro para um envelhecimento saudável.