A complexidade do processo de saúde-doença das famílias, compreendidas como unidades singulares, expressa a interconexão de conceitos que fundamentam a abordagem integral e de perspectiva sistêmica, alicerçadas em práticas que progressivamente necessitam ser compartilhadas e construídas interdisciplinarmente¹. Objetivo: mapear as práticas interdisciplinares de promoção da saúde mental em rotinas domésticas, e de prevenção da violência intrafamiliar. Metodologia: Trata-se de uma revisão Scoping Review, conforme Joanna Briggs Institute e recomendações do guia internacional PRISMA-ScR. Foram selecionados estudos no formato de artigos de pesquisa, teses e dissertações, nas bases eletrônicas PubMed, LILACS, Web of Science, Scopus, CINAHL, PsycINFO, na Biblioteca Cochrane, Google Scholar e catálogo de teses e dissertações Proquest. O plano de trabalho constou de elaboração do protocolo de revisão, com apoio da biblioteca universitária, consulta de experts. Os resultados apontaram principalmente a formação de equipes multiprofissionais, mas também resultados de equipes interdisciplinares e transdisciplinares na atuação com famílias em situação de violência. Foi apontados o déficit na capacitação dos profissionais para lidar com questões de violência intrafamiliar. Outra questão ressaltada é a falta de um instrumento de guia para o acolhimento dessas famílias. As principais atuações com as famílias em situação de violência permeiam o atendimento em grupo e individual, e a necessidade de acompanhamento a longa data. Conclusão: A análise do escopo alcançou o resultado e evidenciou que há poucos estudos sobre a abordagem interdisciplinar, com maior ênfase na violência intrafamiliar com crianças. Os resultados estão passando pelas últimas etapas de análise, que irão se finalizar em setembro deste mesmo ano.

Referências:

1- CUTULO, Luiz. Estilo de pensamento em educação médica. Um estudo do Currículo do Curso de Graduação em Medicina da UFSC. CED/UFSC, 2001.