A aplicação de fungicidas cúpricos na videira é uma pratica comum, entretanto resulta em acúmulo de cobre no solo gerando toxicidade às raízes. A uso de plantas de cobertura e a inoculação de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) podem minimizar esses efeitos. A aveia como planta de cobertura protege o solo, e os FMA formam simbioses radiculares absorvendo água e nutrientes em troca de fotoassimilados, e juntos podem reduz a biodisponibilidade de Cu. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da inoculação de diferentes FMA (Claroideoglomus sp, Glomus sp. Rootella e UFSC-14 e um mix dos três) e da aveia como planta de cobertura para o cultivo de videiras em solo contaminado com cobre. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com dois fatores: a inoculação de FMA e o pré cultivo ou não de aveia com 5 repetições. Após o cultivo da aveia, a biomassa aérea foi coletada e mudas de videira foram plantadas em todos os vasos. Em trabalho anterior avaliou-se a produção de biomassa da raiz (MSR) e parte aérea (MSPA), e a colonização micorrízica da aveia e videira. Dando continuidade, neste estudo foram analisadas a produção de glomalina total (GT) e facilmente extraível (GFE), e teores e acúmulos de P e Cu da MSPA e MSR. No cultivo de aveia os isolados UFSC-14 e o Claroideoglomus sp. apresentaram maior produção de GFE em relação aos demais, bem como junto ao Glomus sp apresentaram maior produção de GT. Na videira não houve diferença nos teores de GT e GFE. O inoculante Rootella foi o que proporcionou maior acúmulo de P na MSPA da aveia em relação ao controle devido a maior produção de biomassa. A videira com pré-cultivo de aveia apresentou maior teor de P na MSR inoculada com Rootella, Glomus sp. e o mix. Sem pré-cultivo o menor teor de Cu na MSR da videira foi observado com Glomus sp. Concluímos que o pré-cultivo de aveia e a inoculação de FMA pode auxiliar no estabelecimento e crescimento de videira cultivada em solos contaminados por Cu.