O aumento no consumo de antibióticos nas últimas décadas ocasionou a ocorrência desses compostos em diversos ambientes naturais, trazidos principalmente pelo descarte de efluentes. Atualmente, as estações de tratamento não são projetadas para sua remoção, deste modo mesmo após tratamento, pequenas concentrações da forma ativa dos antibióticos ainda podem ser encontradas nos resíduos, causando contaminação e impactos negativos nos organismos vivos e no meio ambiente. Os antibióticos podem causar modificação da microbiota natural, transferência de genes de resistência antimicrobiana e ainda impactar negativamente os processos biológicos de estações de tratamento, interferindo na remoção de outros poluentes. Por isso biocélulas combustíveis (MFC) vem sendo estudadas na presença desses compostos complexos, essas são capazes de gerar energia através de atividade microbiana durante a degradação de poluentes, tratando os efluentes e se mostrando eficiente na remoção de antibióticos. Assim, o trabalho desenvolvido neste relatório visa estabilizar e avaliar o desempenho de duas células MFC em escala laboratorial, obtendo dados de seu funcionamento, para que uma delas possa, na sequência, ser avaliada sob a ação de ciprofloxacina e tenha seus dados comparados com a célula livre do antibiótico, chamada aqui de controle.