As revistas e sites são um meio para a construção de um modo de ser, de se comportar, e, principalmente, de como ser mulher.^[1] Isso acaba envolvendo a ideia do corpo que se deve ter ou não. A Boa Forma é um exemplo dessas revistas/sites, que funcionam como um guia para as pessoas. Esta pesquisa teve o objetivo de encontrar possíveis novos mecanismos de subjetivação da Boa Forma, estudando e analisando seu site. A análise foi centrada na seção Alimentação, especificamente nas matérias sobre a dieta vegana. Para esta investigação foi feito um recorte temporal, abarcando o período de janeiro a março de 2021 – este depois foi ampliado, para incluir uma matéria específica sobre o veganismo, que se diferencia das anteriores. Os resultados sugerem que: (i) existe uma classificação das dietas e alimentos no site da BF, principalmente, como bons ou ruins; (ii) as matérias da BF possuem uma certa racionalidade em torno dos alimentos e da sua estética, com o foco de atrair mais o público; (iii) muitas vezes a revista dá à leitora um leque de escolhas, principalmente na seção Alimentação. Com as análises feitas é visível que as táticas do site, da BF hoje em dia, não são tão diferentes dos anos 2000: ainda há uma grande classificação dos tipos de pessoas, produtos e alimentos, assim como a quantidade enorme de escolhas que o site oferece, no que se pretende assim alcançar grande público. A BF deu muita visibilidade para o veganismo e tenta atender o público dessa dieta, e isso acaba estimulando esse tipo de alimentação, vide tantas associações positivas observadas pela relação entre veganismo e saúde que a BF faz.